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O terrorismo de direita ou terrorismo de extrema-direita é um terrorismo motivado por uma variedade de ideologias e crenças de extrema-direita, incluindo nazismo, neofascismo, neonazismo, anticomunismo, ecofascismo, etnonacionalismo, nacionalismo religioso, racismo, xenofobia, oposição à imigração e, ocasionalmente, é motivado pela oposição ao aborto, resistência fiscal e homofobia. Este tipo de terrorismo tem sido esporádico, com quase nenhuma cooperação internacional.[1] Os atos terroristas são geralmente mal coordenados, e poucas organizações identificáveis têm sido envolvidas. O terrorismo de direita moderno surgiu primeiramente na Europa Ocidental na década de 1970 e na Europa Oriental após a dissolução da União Soviética.[2]
Usualmente, terroristas de direita pretendem derrubar governos e substituí-los por governos nacionalistas ou fascistas.[1] No entanto, estes indivíduos geralmente não possuem uma ideologia rígida, que por muitas vezes se adapta às características políticas locais.[3] O cerne deste movimento inclui skinheads neo-fascistas, hooligans da extrema-direita, jovens simpatizantes e guias intelectuais que acreditam que suas sociedades deveriam expurgar elementos estrangeiros, a fim de proteger os cidadãos de bem, a quem estes grupos consideram como "legítimos".[4]
Nos últimos anos, o terrorismo de extrema-direita no Ocidente aumentou em conjunto com a crescente agitação política, polarização e aumento da popularidade de novos movimentos políticos e políticas populistas.[5] Segundo relatório de 2020 da Europol, o terrorismo político de extrema-direita havia aumentado 250% nos últimos cinco anos - sendo que entre 2002 e 2019, o Ocidente contabilizou 332 ataques terroristas de extrema-direita, que resultaram em 286 mortes — 49 desses ataques tendo ocorrido apenas em 2019.[6]
Ainda, de acordo com dados compilados pelo relatório Global Index for Terrorism 2020, 82% das mortes por terrorismo no Ocidente foram perpetrados por grupos ou pessoas desta tendência ideológica.[7] O relatório do Instituto para Economia e Paz - onde são analisados os impactos do terrorismo em 163 países que representam 99,7% da população mundial - registra que, com o declínio do Estado Islâmico, o terrorismo religioso vem perdendo protagonismo, revelando o extremismo de direita como a nova ameaça à segurança do Ocidente.[5]
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