Torres (Rio Grande do Sul)

Torres
  Município do Brasil  
As "torres" da Praia da Guarita, um dos recantos mais característicos da cidade
As "torres" da Praia da Guarita, um dos recantos mais característicos da cidade
As "torres" da Praia da Guarita, um dos recantos mais característicos da cidade
Símbolos
Bandeira de Torres
Bandeira
Brasão de armas de Torres
Brasão de armas
Hino
Lema Trabalhar e viver com muito prazer
Gentílico torrense[1]
Localização
Localização de Torres no Rio Grande do Sul
Localização de Torres no Rio Grande do Sul
Localização de Torres no Rio Grande do Sul
Torres está localizado em: Brasil
Torres
Localização de Torres no Brasil
Mapa
Mapa de Torres
Coordenadas 29° 20' 06" S 49° 43' 37" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Sul
Região metropolitana Aglomeração urbana do Litoral Norte
Municípios limítrofes Arroio do Sal, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara, Morrinhos do Sul e Passo de Torres (SC)
Distância até a capital 208 km
História
Fundação 21 de maio de 1878 (146 anos)
Administração
Prefeito(a) Carlos Souza (PP, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [2] 161,624 km²
População total (2021) [3] 39 381 hab.
 • Posição RS: 55º BR: 878º
Densidade 243,7 hab./km²
Clima subtropical úmido
Altitude 16 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (2010) [4] 0,762 alto
 • Posição RS: 59º BR: 335º
PIB (2020) [5] R$ 1 242 675,67 mil
 • Posição RS: 74º BR: 770º
PIB per capita (2020) R$ 31 811,28

Torres é um município brasileiro situado no extremo norte do litoral atlântico do estado do Rio Grande do Sul. A paisagem da cidade se destaca por ser a única praia do Rio Grande do Sul em que sobressaem paredões rochosos à beira-mar, e por ter à sua frente a única ilha marítima do estado, a Ilha dos Lobos.

A área onde hoje se encontra a cidade tem sido habitada pelo homem desde há milhares de anos, existindo testemunhos físicos na forma de sambaquis e outros achados arqueológicos. No século XVII, durante a colonização do Brasil pelos portugueses, por estar encravado em um estreitamento da planície costeira sulina, o local passou a se constituir rota de passagem obrigatória para os tropeiros e outros desbravadores e aventureiros luso-brasileiros vindos do norte pelo litoral - a única outra passagem que havia então era por cima do planalto de Vacaria - e que buscavam os rebanhos livres de gado que se multiplicavam no pampa mais ao sul e caçavam os indígenas para fazê-los escravos. Muitos acabaram por se fixar na região e se tornaram estancieiros e pequenos agricultores. E por dispor de morros junto à praia, logo foi reconhecido seu valor estratégico como ponto de observação e controle de passagem, de importância militar e política no processo de expansão do território português sobre o espanhol. Foi fundada ali na última quadra do século XVIII uma fortificação, que entretanto logo foi desmantelada quando a conquista se efetivou.

A construção da Igreja de São Domingos no início do século XIX atraiu para seu entorno muitos dos residentes dispersos na região, estruturando-se desta forma um povoado. Sua evolução ao longo deste século, porém, foi morosa, mesmo tendo recebido levas de imigrantes alemães e italianos, sobrevivendo numa economia basicamente de subsistência. A expansão econômica, social e urbana só aconteceu a partir do início do século XX, quando em vista de sua bela paisagem, clima ameno e boas praias de banho, o potencial turístico da cidade foi descoberto e passou a ser explorado. Desde então cresceu com mais vigor e celeridade, chegando hoje a se tornar uma das praias mais procuradas do estado, recebendo no verão um público flutuante mensal de 200.000 pessoas, muitas delas estrangeiras, vindas principalmente dos países do Prata. Isso contrasta com as dimensões de sua população fixa, de aproximadamente 38.000 habitantes. Não por isso deixou de desenvolver uma economia consistente e boa infra-estrutura para atender a esta demanda turística, sua fonte principal de renda.

Enquanto o turismo trouxe progresso e crescimento, tornando a cidade um pólo estadual para eventos, festas, competições esportivas, espetáculos e outras atrações, trouxe também sérios problemas para o meio ambiente e a cultura tradicional. Antes coberta pela Mata Atlântica, ali de biodiversidade especialmente rica pela variedade de ambientes criados pela geografia complexa da área, hoje tem este patrimônio natural severamente ameaçado e muito reduzido, com poucas áreas preservadas, já tendo perdido muitas espécies e estando outras tantas em perigo. Há notícia também de especulação imobiliária, de poluição, de pobreza, de criminalidade, todos problemas graves encontrados em cidades com crescimento acelerado. Este crescimento também tem repercutido negativamente sobre a sua herança histórica e artística, pois ainda não se percebe uma conscientização patrimonial bastante, por parte das instâncias oficiais e mesmo da população, para frear o ritmo acelerado de destruições ativas e perdas passivas de bens culturais materiais e imateriais.

  1. [1]
  2. «Cidades e Estados». IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  3. «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2021» (PDF). IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  4. «Ranking». IBGE. 2010. Consultado em 12 de maio de 2023 
  5. «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 a 2020». IBGE. 2020. Consultado em 12 de maio de 2023 

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