William Shakespeare

William Shakespeare
William Shakespeare
O Retrato de Chandos; pintura atribuída a John Taylor e com autenticidade desconhecida. National Portrait Gallery, London.
Nascimento 23 de abril de 1564
Stratford-upon-Avon, Inglaterra
Morte 23 de abril de 1616 (52 anos)
Stratford-upon-Avon, Inglaterra
Cônjuge Anne Hathaway (1582–1616)
Filho(a)(s) 3 (Susanna Hall, Hamnet Shakespeare e Judith Quiney)
Ocupação Dramaturgo, poeta e ator
Principais trabalhos Romeu e Julieta, Rei Lear, Macbeth, O Mercador de Veneza, Sonho de uma Noite de Verão, A Megera Domada, Otelo, o Mouro de Veneza, etc.
Gênero literário Tragédia, drama, comédia, poesia, romance
Magnum opus Hamlet
Romeu e Julieta
Religião Anglicanismo[1]
Assinatura

William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1564 – Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1616)[a] foi um poeta, dramaturgo e ator inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e considerado por muitos o maior dramaturgo da história.[2][3][4][5][6][7] É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo"). De suas obras, incluindo aquelas em colaboração, restaram até os dias de hoje 38 peças,[b] 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e mais alguns versos esparsos, cujas autorias, no entanto, são ainda disputadas. Suas peças foram traduzidas para todas as principais línguas modernas e são mais encenadas que as de qualquer outro dramaturgo.[8] Muitos de seus textos e temas permanecem vivos até os nossos dias, sendo revisitados com frequência, especialmente no teatro, na televisão, no cinema e na literatura.

Shakespeare[c] nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon, na era elizabetana, época especialmente estimulante para os artistas.[9] Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, com quem teve três filhos: Susanna e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidade, crenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.[10]

Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo Hamlet, Rei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. Diversas de suas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão, durante sua vida. Em 1623, John Heminges e Henry Condell, dois atores e antigos amigos de Shakespeare, publicaram o chamado First Folio, uma coletânea de suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo de sua autoria.

Shakespeare foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível em que se encontra hoje no século XIX. Os românticos, especialmente, aclamaram a genialidade de Shakespeare, e os vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard Shaw chamava de "bardolatria".[11] No século XX sua obra foi adotada e redescoberta repetidamente por novos movimentos, tanto na academia quanto na performance. Suas peças permanecem extremamente populares hoje em dia e são estudadas, encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos contextos culturais e políticos, por todo o mundo.

  1. Rowse, AL (1988). Shakespeare: o homem . Macmillan . ISBN 978-0-333-44354-5.
  2. «William Shakespeare --  Britannica Online Encyclopedia». web.archive.org. 23 de novembro de 2007. Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  3. «Shakespeare - MSN Encarta». web.archive.org. 10 de abril de 2008. Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  4. «Como Shakespeare se tornou o maior dramaturgo da história». Super. Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  5. «Shakespeare, William | Infoplease». www.infoplease.com (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  6. «Ponto | 450 anos de William Shakespeare». SP Escola de Teatro. 22 de abril de 2014. Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  7. Greenblatt 2005, 11; Bevington 2002, 1–3; Wells 1997, 399.
  8. Craig 2003, 3.
  9. «Folha.com - Livraria da Folha - Shakespeare ganhou pecha de "caçador ilegal de cervos"; leia trecho - 28/03/2010». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  10. Shapiro 2005, xvii–xviii; Schoenbaum 1991, 41, 66, 397–98, 402, 409; Taylor 1990, 145, 210–23, 261–5.
  11. Bertolini 1993, 119.


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