Zoroastro Zaraϑuštra Spitāma | |
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Percepção do século XIX zoroastriana indiana de Zoroastro, derivada de uma figura que aparece em uma escultura do século IV em Taq-e Bostan no sudoeste do Irã. Acredita-se agora que o original seja uma representação de Mitra ou Hvare-khshaeta.[1] | |
Outros nomes | Asu ou Aso (i.e. Asu Zaratustra) |
Conhecido(a) por | Fundador do Zoroastrismo Persa |
Progenitores | Mãe: Dughdova Pai: Pourušaspa Spitāma |
Cônjuge | Hvōvi |
Filho(a)(s) | Freni, Pourucista, Triti; Isate Vastar, Uruvate-Nara, Hvare Ciϑra |
Zaratustra, também conhecido na versão grega de seu nome Zoroastres ou Zoroastro (Ζωροάστρης Zōroastrēs), foi um profeta e poeta nascido na Pérsia (atual Irão) no século VII a.C. Ele foi o fundador do Masdeísmo ou Zoroastrismo,[2] religião adotada oficialmente pelo Império Aquemênida (558–330 a.C.) que pode ter sido a primeira religião monoteísta ética da história (existem debates acadêmicos inconclusivos sobre o assunto).[3][4][5] A denominação grega Ζωροάστρης (Zōroastrēs) significa contemplador de astros, sendo uma corruptela do avéstico Zarathustra (em avéstico: 𐬰𐬀𐬭𐬀𐬚𐬎𐬱𐬙𐬭𐬀, Zaraθuštra; em persa moderno: Zartosht ou زرتشت). O significado do nome é desconhecido, ainda que, certamente, contenha a palavra ushtra (camelo).
Não há consenso acadêmico sobre quando ele viveu.[6] No entanto, a aproximação usando evidências linguísticas e socioculturais permite datar a algum período do II milênio a.C. Tal é feito estimando-se o período em que o idioma avéstico antigo (bem como as línguas proto-indo-iranianas e proto-iranianas anteriores e o sânscrito védico relacionado) foram faladas, o período em que a religião proto-indo-iraniana foi praticada, e a correlação entre a prática funerária descrita nos Gatas com a cultura arqueológica yaz. No entanto, outros estudiosos ainda o datam desde o século VII e VI a.C., como um quase contemporâneo de Ciro, o Grande e Dario I, até ao VI milênio a.C.[7][8][9][10][11][12]
O Oxford Dictionary of Philosophy considera Zoroastro como o primeiro filósofo.[13][14] Zoroastro também foi descrito como o pai da ética, o primeiro racionalista e o primeiro monoteísta (acreditando em apenas um Deus), bem como o primeiro a articular as noções de céu e inferno, julgamento após a morte e livre-arbítrio.[15][16][17] A religião fundada por Zoroastro foi a primeira grande religião mundial e teve influência significativa em outros sistemas religiosos e filosóficos, incluindo as religiões abraâmicas, o budismo, o gnosticismo e a filosofia grega.[18][19][20][21][22][23][24] Seus ensinamentos desafiaram as tradições existentes da religião indo-iraniana e inauguraram um movimento que acabou se tornando a religião dominante na antiga Pérsia. Ele falava nativamente o avéstico e morava na parte oriental do planalto iraniano, mas seu local de nascimento exato é incerto.[25][26]
O zoroastrismo acabou se tornando a religião oficial da Pérsia antiga e suas subdivisões distantes do século VI a.C. ao VII d.C.[27] Zoroastro é creditado com a autoria dos Gatas, bem como dos Iasna Haptangaiti, hinos compostos em seu dialeto nativo, o avéstico antigo, e que constituem o núcleo do pensamento zoroastriano. A maior parte de sua vida é conhecida desses textos.[25] Por qualquer padrão moderno da historiografia, nenhuma evidência pode colocá-lo em um período fixo, e a historização em torno dele pode fazer parte de uma tendência anterior ao século X que historiza lendas e mitos.[28]
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