Pandemia de COVID-19

 Nota: Este artigo é sobre a pandemia. Para o vírus, veja SARS-CoV-2. Para a doença, veja COVID-19.
Pandemia de COVID-19

No sentido anti-horário, a partir do topo:
  • Médicos atendendo um paciente com COVID-19 em estado crítico em uma UTI em São Paulo
  • Um hospital temporário para pacientes com COVID-19 completamente cheio em Santo André
  • Times Square vazia devido ao confinamento
  • Muitas prateleiras vazias em um supermercado australiano devido à corrida às compras
  • Veículos de desinfecção em Taipé


Mortes confirmadas por 100 000 habitantes
Doença COVID-19
Vírus SARS-CoV-2
Origem Morcegos,[1] provavelmente de forma indireta,[2] via pangolins[3][4]
Período 30 de janeiro de 2020 - 5 de maio de 2023.
Local do primeiro caso Wuhan, Hubei, China
30° 37′ 11″ N, 114° 15′ 28″ L
Data do primeiro caso 17 de novembro de 2019[5][6][7]
(4 anos, 5 meses e 23 dias)
Declaração de pandemia 11 de março de 2020[8][9]
(4 anos, 1 mês e 29 dias)
PHEIC 30 de janeiro de 2020 – 5 de maio de 2023[10][11]
(3 anos, 3 meses e 5 dias)
Estatísticas globais
Casos confirmados 775 335 902[12][13]
Casos suspeitos Estima-se que a média global do números de casos verdadeiros seja 16 vezes maior do que o número de casos relatados confirmados (estimativa da OMS)[14]
Mortes 7 045 569 (confirmadas)[12][15]
14,8 a 35,2 milhões (estimativas)[16][17][18]
Taxa de letalidade 0,91%[12]
Área afetada Mundialmente
Territórios afetados 231[19]
Atualizado em 14 de abril de 2024[12]

A pandemia de COVID-19, também conhecida como pandemia de coronavírus, é uma pandemia da doença por coronavírus 2019 (COVID-19), causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). O vírus foi identificado pela primeira vez a partir de um surto em Wuhan, China, em dezembro de 2019.[20][21][22] As tentativas de contê-lo falharam, permitindo que o vírus se espalhasse para outras áreas da China e, posteriormente, para todo o mundo. Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o surto como Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional (PHEIC) e, em 11 de março de 2020, como pandemia. A OMS declarou o fim da PHEIC no dia 5 de maio de 2023,[11][23] apesar de ainda continuar a se referir a ela como uma pandemia.[24] Até 14 de abril de 2024, conforme a OMS, 775 335 902 casos foram confirmados em 231 países e territórios,[12] com 7 045 569 mortes atribuídas à doença, tornando-se a quinta mais mortal da história.

Os sintomas de COVID-19 são altamente variáveis, variando de nenhum a doenças com risco de morte, mas mais comumente incluem febre, tosse seca e fadiga. A doença num estado mais grave e severo é mais provável em pacientes idosos e naqueles com certas condições médicas subjacentes. A COVID-19 é transmitida quando as pessoas respiram ar contaminado por gotículas e pequenas partículas transportadas pelo ar que contêm o vírus. O risco de inalar isso é maior quando as pessoas estão próximas, mas podem ser inaladas a distâncias maiores, principalmente em ambientes fechados. A transmissão também pode ocorrer se os fluidos contaminados atingirem os olhos, nariz ou boca e, raramente, através de superfícies contaminadas. As pessoas infectadas normalmente permanecem contagiosas por 10 a 14 dias e podem espalhar o vírus mesmo que não desenvolvam sintomas. Mutações produziram muitas cepas (variantes) com graus variados de infectividade e virulência.[25][26]

Várias vacinas contra a COVID-19 foram desenvolvidas e distribuídas ao redor do mundo desde dezembro de 2020. De acordo com um estudo de junho de 2022, as vacinas contra a COVID-19 evitaram 14,4 a 19,8 milhões de mortes adicionais em 185 países e territórios de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021.[27][28] Outras medidas preventivas recomendadas incluem distanciamento social, uso de máscaras faciais em público, ventilação e filtragem de ar, lavagem das mãos, cobertura da boca ao espirrar ou tossir, desinfecção de superfícies e monitoramento e autoisolamento para pessoas expostas ou sintomáticas. Os tratamentos incluem drogas terapêuticas que inibem o vírus e o controle dos sintomas. Autoridades em todo o mundo responderam implementando restrições a viagens, confinamentos, controles dos locais de trabalho, quarentenas e fechamentos de instalações. Muitos lugares também trabalharam para aumentar a capacidade de testar e rastrear os contatos dos infectados.[26]

A pandemia resultou em instabilidade social e econômica global significativa, incluindo a maior recessão global desde a Grande Depressão.[29] Isso levou a uma escassez generalizada de suprimentos, que foi exacerbada pela corrida às compras, interrupção da agricultura e escassez de alimentos, além de diminuição das emissões de poluentes e gases de efeito estufa. Muitas instituições educacionais e áreas públicas foram parcial ou totalmente fechadas, e muitos eventos foram cancelados ou adiados. A desinformação circulou nas redes sociais e nos meios de comunicação de massa. A pandemia levantou questões de discriminação racial e geográfica, igualdade na saúde e o equilíbrio entre os imperativos da saúde pública e os direitos individuais.

  1. Zoumpourlis V, Goulielmaki M, Rizos E, Baliou S, Spandidos DA (outubro de 2020). «[Comment] The COVID‑19 pandemic as a scientific and social challenge in the 21st century». Molecular Medicine Reports. 22 (4): 3035–3048. PMC 7453598Acessível livremente. PMID 32945405. doi:10.3892/mmr.2020.11393 
  2. «WHO-convened global study of origins of SARS-CoV-2: China Part». World Health Organization. 30 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  3. «Coronavirus very likely of animal origin, no sign of lab manipulation: WHO». Reuters (em inglês). 21 de abril de 2020. Consultado em 2 de maio de 2020 
  4. Lau SK, Luk HK, Wong AC, Li KS, Zhu L, He Z, et al. (abril de 2020). «Possible Bat Origin of Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2». Emerging Infectious Diseases (em inglês). 26 (7). PMID 32315281. doi:10.3201/eid2607.200092. Consultado em 2 de maio de 2020 
  5. Ma J (13 de março de 2020). «Coronavirus: China's first confirmed Covid-19 case traced back to November 17». South China Morning Post. Consultado em 16 de março de 2020. Cópia arquivada em 13 de março de 2020 
  6. «柳叶刀披露首例新冠肺炎患者发病日期,较官方通报早7天» (em chinês). BJ News. 27 de janeiro de 2020. Consultado em 1 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2020 
  7. «《柳叶刀》刊文详解武汉肺炎 最初41案例即有人传人迹象» (em chinês). Caixin. 26 de janeiro de 2020. Consultado em 1 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2020 
  8. «Coronavirus disease 2019 (COVID-19): Situation Report – 51» (PDF). Organização Mundial da Saúde (OMS). 11 de março de 2020. Consultado em 14 de outubro de 2020 
  9. «WHO Director-General's opening remarks at the media briefing on COVID-19—11 March 2020» (em inglês). Organização Mundial da Saúde. 11 de março de 2020. Consultado em 3 de setembro de 2020 
  10. «Flattery and foot dragging: China's influence over the WHO under scrutiny» (em inglês). The Globe and Mail Inc. 25 de abril de 2020. Consultado em 3 de setembro de 2020 
  11. a b «OMS declara o fim da emergência de saúde da pandemia de Covid, a mais devastadora deste século». Folha de S.Paulo. 5 de maio de 2023. Consultado em 5 de maio de 2023 
  12. a b c d e «Coronavirus Pandemic (COVID-19)». ourworldindata.org (em inglês). Our World In Data. 14 de abril de 2024. Consultado em 29 de abril de 2024 
  13. «Number of COVID-19 cases reported to WHO (cumulative total)». data.who.int (em inglês). Organização Mundial da Saúde. 31 de dezembro de 2023. Consultado em 19 de janeiro de 2024 
  14. «WHO: Two-thirds of people in Africa may have had COVID». Aljazeera. 8 de abril de 2022. Consultado em 8 de maio de 2022 
  15. «Number of COVID-19 deaths reported to WHO (cumulative total)». data.who.int (em inglês). Organização Mundial da Saúde. 31 de dezembro de 2023. Consultado em 19 de janeiro de 2024 
  16. «The pandemic's true death toll». The Economist. 21 de setembro de 2022. Consultado em 22 de março de 2024. (pede subscrição (ajuda)) 
  17. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome 10.1038/s41586-022-05522-2
  18. «Covid-19 news: Pandemic has killed nearly 15 million people, says WHO». News Scientist. 5 de maio de 2022. Consultado em 8 de maio de 2022 
  19. «COVID-19 Coronavirus Pandemic». worldometers.info 
  20. «The COVID-19 coronavirus epidemic has a natural origin, scientists say – Scripps Research's analysis of public genome sequence data from SARS‑CoV‑2 and related viruses found no evidence that the virus was made in a laboratory or otherwise engineered». EurekAlert!. Scripps Research Institute. 17 de março de 2020. Consultado em 15 de abril de 2020 
  21. Andersen KG, Rambaut A, Lipkin WI, Holmes EC, Garry RF (abril de 2020). «The proximal origin of SARS-CoV-2». Nature Medicine. 26 (4): 450–452. PMC 7095063Acessível livremente. PMID 32284615. doi:10.1038/s41591-020-0820-9 
  22. Latinne, Alice; Hu, Ben; Olival, Kevin J.; Zhu, Guangjian; Zhang, Libiao; Li, Hongying; Chmura, Aleksei A.; Field, Hume E.; Zambrana-Torrelio, Carlos; Epstein, Jonathan H.; Li, Bei; Zhang, Wei; Wang, Lin-Fa; Shi, Zheng-Li; Daszak, Peter (25 de agosto de 2020). «Origin and cross-species transmission of bat coronaviruses in China». Nature Communications (em inglês). 11 (1). 4235 páginas. Bibcode:2020NatCo..11.4235L. ISSN 2041-1723. PMC 7447761Acessível livremente. PMID 32843626. doi:10.1038/s41467-020-17687-3 
  23. Peixoto, Roberto (5 de maio de 2023). «Covid não é mais uma emergência sanitária de importância internacional, diz OMS». G1. Consultado em 5 de maio de 2023 
  24. «WHO press conference on global health issues - 2 June 2023». www.who.int (em inglês). Consultado em 23 de junho de 2023 
  25. CDC (11 de fevereiro de 2020). «Coronavirus Disease 2019 (COVID-19)». Centers for Disease Control and Prevention (em inglês). Consultado em 6 de dezembro de 2020 
  26. a b «Coronavirus (COVID-19): General advice». www.nhsinform.scot (em inglês). Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  27. Watson OJ, Barnsley G, Toor J, Hogan AB, Winskill P, Ghani AC (junho de 2022). «Global impact of the first year of COVID-19 vaccination: a mathematical modelling study». The Lancet. 22 (9): 1293–1302. doi:10.1016/s1473-3099(22)00320-6 
  28. «COVID-19 vaccines saved nearly 20 million lives in a year, study says». CBS News. 24 de junho de 2022. Consultado em 27 de junho de 2022. Cópia arquivada em 29 de junho de 2022 
  29. «The Great Lockdown: Worst Economic Downturn Since the Great Depression». IMF Blog. Consultado em 23 de abril de 2020 

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