Filogeografia

A imagem mostra a filogeografia de Dendrobatidae na América do Sul. O mapa mostra as principais regiões biogeográficas e as suas mudanças ao longo do tempo, e à direita, a árvore filogenética mostra as linhagens surgidas ao longo do tempo, em contexto dentro dessas regiões.

A filogeografia é uma área de estudo que trata das relações evolutivas das espécies e a distribuição dessas em diferentes regiões do planeta em determinado período de tempo (Avise, 1987)[1]. Dessa forma, a área de estudo une esses dois princípios, tendo como objetivo a explicação dessas relações evolutivas no contexto de distribuição geográfica das espécies. Para tal, são tratados dentro da filogeografia, princípios evolutivos e da genética como a seleção natural, a deriva genética e o fluxo gênico.

Assim, compreende-se essa área através do estudo dos processos históricos que podem ser responsáveis pela distribuição geográfica contemporânea de indivíduos. Isto é conseguido considerando a distribuição geográfica dos indivíduos à luz dos padrões numa genealogia genética.[2] Este termo foi introduzido para descrever sinais genéticos geograficamente estruturados dentro e entre espécies. Um foco explícito na biogeografia/passado biogeográfico de uma espécie diferencia a filogeografia da genética populacional clássica e da filogenética.[3] Eventos passados que podem ser inferidos incluem expansão populacional, efeitos de gargalo, vicariância e migração. Abordagens desenvolvidas recentemente que interpretam a teoria do coalescente ou a história geneológica dos alelos e informação sobre a distribuição geográfica podem responder com mais exactidão aos papéis relativos das diferentes forças históricas que moldam os padrões atuais.[4]

  1. Lamb, Trip; Avise, John C. (janeiro de 1987). «Morphological Variability in Genetically Defined Categories of Anuran Hybrids». Evolution (1). 157 páginas. ISSN 0014-3820. doi:10.2307/2408980. Consultado em 20 de junho de 2024 
  2. Avise, J. C. (2000). Phylogeography: the history and formation of species. [S.l.]: Harvard University Press. ISBN 0-674-66638-0 
  3. Knowles, L. L. and W. P. Maddison (2002). «Statistical phylogeography». Molecular Ecology. 11: 2623–2635. doi:10.1046/j.1365-294X.2002.01637.x 
  4. Cruzan, M. B, and A. R. Templeton (2000). «Paleoecology and coalescence: phylogeographic analysis of hypotheses from the fossil record». Trends in Ecology and Evolution. 15: 491–496. doi:10.1016/S0169-5347(00)01998-4 

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